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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Se renda à sensualidade de Catherine!




Vincent Brooks, 32 anos, é um cara normal, com uma vidinha normal. Trabalha num escritório, sai para beber com os amigos, mora sozinho e é desapegado ao que se trata de ambições. Ah, e ele está noivo!

Até aí, tudo bem. Bem, talvez nem tudo bem, já que sua noiva, Katherine, possivelmente está grávida e lhe escorou na parede propondo casamento, e ele ainda não se sente pronto a ficar amarrado na vida séria. Ele quer continuar saindo pra se divertir, pra curtir e conhecer gente nova; e é numa dessas saídas que ele conhece Catherine. Uma jovem de 22 anos, loira, charmosa, com um corpão e jeito de safadinha, dando mole pra você, convenhamos, o cara tem que ter muito sangue frio pra não ceder à tentação, o que se dizer do coitado do Vincent, abalado psicologicamente por todas estas notícias perturbadoras e que não é nenhum exemplo de fidelidade!


O fato é que ele acaba saindo com a mina, passa a noite com ela e agora está com a consciência pesada, tendo pesadelos horríveis onde ele está caindo e se não acordar logo, pode acabar se dando mal.O que é bastante preocupante, porque na região onde ele mora ocorreram diversos casos de jovens rapazes que foram encontrados mortos enquanto dormiam. Todos estavam com expressões de desespero horríveis no rosto, como se sua última imagem em seus sonhos fosse uma vertiginosa queda.


Este é o enredo central de Catherine, primeiro game da Atlus, famosa pela série Shin Megami Tensei, para as plataformas da atual geração de consoles. O jogo, um mix de horror, plataforma, puzzle e simulador de relacionamentos, é orientado para adultos, com cenas picantes e um enredo que envolve traição conjugal e outros temas menos ortodoxos. Ele tem duas jogabilidades distintas: Daytime (Dia) e Nightmare (Pesadelo). Durante a primeira, que se passa no período acordado da vida de Vincent, ele poderá interagir com seus conhecidos e deve tentar regular seu relacionamento com as duas garotas, a sensual Catherine e a responsável Katherine. A maior parte do tempo do Daytime se passa no bar Stray Sheep (Ovelha Desgarrada), que serve de save game e dá opções de cunho social para o nosso "herói", como mandar mensagens de texto do celular, pedir drinques, conversar com os frequentadores e ouvir temas clássicos da série Persona em uma jukebox.

É no Nightmare que o bicho pega! Dentro de seus pesadelos, Vincent encontra um mundo surrealista sinistro onde ele está só de cueca e com chifres, habitado por misteriosos homens-ovelha e com enormes escadarias, que representam as apreensões do personagem no mundo real. O objetivo é escalá-las, enquanto as mesmas estão se desfazendo abaixo dele, e chegar ao topo em segurança. Para isso, ele precisa puxar, empurrar e subir os blocos que montam a escadaria o mais rápido possível, escapando das armadilhas e dos chefes de fase monstruosos, que são os reais motivos dos pesadelos do cara. Imagine sua namorada lhe dizendo que está grávida, e você, à noite, sonhar em ser perseguido por um bebê gigante que quer lhe fazer de chocalho? É mais ou menos a mesma situação...



O game foi lançado no Japão para XBOX 360 e PS3 em fevereiro deste ano e recebeu ótimas notas da crítica especializada, chegando a ganhar um score 35/40 da revista Famitsu, uma das mais famosas revistas sobre videogame do mundo. As principais críticas negativas vieram à dificuldade, bastante alta até mesmo no nível mais alto, mas isso não impediu as boas vendas de Catherine nas terras nipônicas, vendendo 140 mil unidades para o console da Sony no dia de lançamento. Ele chegou ao mercado ocidental esta semana, e se espera que o sucesso continue, graças a campanhas de marketing e a divulgação da edição de luxo, entitulada Love is Over (O Amor Acabou), que tem, além do jogo, conta com itens bem exdrúxulos: uma colcha de travesseiro com a imagem da loirinha saliente, uma cueca boxer (a expressão samba-canção tá meio em desuso) igual a do protagonista, uma camiseta com estampa de corações que lembra as barras de energia de games como Sparkster e Legend of Zelda, tudo embaladinho dentro de uma caixa de pizza da Stray Sheep! Viagem na maionese total!!


Eu ainda não joguei o game, mas já conheço a qualidade dos RPGs da Atlus de outras épocas e sou muito fã da série Persona, portanto acho uma boa recomendação, já que, nesta época de tecnologias beirando os clichês e personagens estereotipados aos montes, um jogo que mistura plataforma e quebra-cabeças com um bom enredo é mais raro que achar alguém que sobreviva ao Kratos! Quem sabe também os adúlteros que lerem este post criam um pouco de juízo, afinal o cara foi dar uma de gaiato e olha só no que se meteu...



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